Envelhecer tem sido uma epifania.
Uma boniteza, uma calma, uma preguiça de urgências, corridas, descompassos, mapas.
Compreende-se candura, desapego, o valor de um não e as tardes chuvosas em que falta luz.
Alargam-se as estantes, o coração esparrama um pouco pelas frestas das cicatrizes.
Alargam-se as estantes, o coração esparrama um pouco pelas frestas das cicatrizes.
Estas, se acomodam melhor.
Procura-se menos.
Mas ainda é possível sair sem grana e voltar bêbado, deixar o coração em casa e volver apaixonado.
Envelhecer não cansa, expande, apavora, enaltece.
Envelhecer não cansa, expande, apavora, enaltece.
E cada um de nós invariavelmente se transforma exatamente no que é.
Cris Lisboa
Boa Tarde
LOW
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