Entregar-se a um amor é abandonar outros?
Afastar-se... ainda que, opção feita por "lúcidas razões", é assumir o risco da frustração pelo que se deixou de viver?
”...no amor, ganha quem foge...” ou “...no amor, é mais forte quem cede...” ???
São dilacerantes as divisões internas de que é feita a tarefa de viver e amar.
Como aceitar as próprias limitações e os caminhos contraditórios das escolhas, que conduzem as "nossas verdades" mais profundas?
"Séculos e séculos de repressão ao corpo e de identificação do prazer com o pecado ou o proibido fizeram uma espécie de cárie na alma humana
.
" É uma impossibilidade viver o que se quer?
QUEM DISSE?
Por que existe a certeza antecipada de que o amor gera ou arrependimento ou frustração?
Viver implica aceitar essa dolorosa e desafiante tarefa: a de enfrentar o amor como a maior das maravilhas e que se nos apresenta sob a forma de enigma.
Tudo o que se move dentro do amor está carregado de enigmas.
E com o enigma dá-se o seguinte:
enfrentá-lo não é resolvê-lo.
Mas quando não o enfrentamos, ele (enigma) nos devora.
Enfrentar o enigma é aquecer e encantar a vida, é aprender a viver; é amadurecer.
Exige trabalho interior penoso, grandeza, equilíbrio e auto-conhecimento.
O contrário não é viver:
é durar.
(Texto adaptado de Arthur da Távola)
beijocas
Low
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