domingo, 18 de novembro de 2012

Soneto da Fidelidade


"De tudo ao meu amor serei atento
 Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto 
Que mesmo em face do maior encanto 
Dele se encante mais meu pensamento. 
 Quero vivê-lo em cada vão momento
 E em seu louvor hei de espalhar meu canto
 E rir meu riso e derramar meu pranto
 Ao seu pesar ou seu contentamento 
 E assim, quando mais tarde me procure 
Quem sabe a morte, angústia de quem vive 
Quem sabe a solidão, fim de quem ama 
 Eu possa me dizer do amor (que tive):
 Que não seja imortal, posto que é chama 
Mas que seja infinito enquanto dure. 
(Vinícius de Moraes)

beijocas
Low

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