quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A generosidade


Quanto mais caminho, mais percebo o quanto o mundo anda sedento. 
 As pessoas correm, sofrem, se desesperam e continuam buscando a felicidade como se essa fosse apenas uma miragem nesse imenso deserto que a vida se transformou. 
 Há muita gente no mundo, milhares e milhares.
 Portanto, a solidão continua assolando vidas, maltratando corações que, no fim do dia e das contas acabam desacreditando nas portas que se abrem a elas. 
 Cada qual pensa no próprio eu e todo mundo se isola. Enquanto isso, a vida continua, cresce a indiferença, cresce o desamor, multiplicam-se as depressões e incompreensões. As pessoas sentem-se vazias e reagem como pessoas vazias. 
 Vazias, pelo menos, de amor e caridade, mas cheias de tristezas e desilusões. 
 Há, portanto, dentro de cada um de nós um poço de possibilidades e compartilhar de si é deixar-se um pouquinho em cada um. 
 Só não tem nada para oferecer quem possui um coração vazio, não as mãos. 
 E acabar com a solidão de alguém é contribuir para o fim da própria solidão.
 Oferecer a esperança é dar-se a si uma nova chance, é reabrir portas, é descobrir o novo e entregar-se a ele.
 Há melhor presente no mundo que o dom de si? 
 Há coisa mais bonita que saciar o coração de alguém? 
 Devolver a esperança, por menor que seja ela, é dar às pessoas a oportunidade de descobrir o outro lado da vida, aquele que, embora um pouco esquecido, ainda existe. 
 O dia tem 24 horas e parece muitas vezes que são insuficientes para fazermos tudo o que temos que fazer.
 Lamentamos a falta de tempo para isso ou aquilo e pensamos que um dia, quem sabe, se atingirmos a bênção da velhice tranquila, poderemos dar um pouco mais de nós aos outros. 
 Quanto engano!
 Podemos dar de nós a cada dia e a cada hora, agindo com o coração e tendo uma atitude que nos torna diferentes em qualquer lugar. 
 Pode-se resistir ao ódio por muito tempo, mas quem resiste à ternura, ao afeto, ao amor e à boa-vontade?
 Quando as pessoas agirem com menos egoísmo e ao invés de ruminarem a própria infelicidade começarem a agir para o bem do próximo, as doenças da alma começarão a encontrar a cura e o amanhecer terá para cada um de nós um outro rosto, mais sereno, mais amigo e mais esperado.

 Letícia Thompson 
Recadinho  para quem nos critica:
Alguns reclamam que escrevemos  o que não fazemos
Postamos aquilo que gostariamos de ser, 
Lemos e escrevemos para nos ajudar a ter qualidade de vida
Se não conseguimos fazer tudo isso já é outra história!

 Bom Dia
 Low

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